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Crônicas Cariocas

ABERTURA: 25 DE SETEMBRO DE 2021

ENCERRAMENTO: 31 DE JULHO DE 2022

CURADORIA: MARCELO CAMPOS, AMANDA BONAN, LUIZ ANTÔNIO SIMAS E CONCEIÇÃO EVARISTO

Que histórias ainda vale a pena contar? Como seguir diante de tantas narrativas sobre o fim? A vida que se tornou, cada dia mais, uma dádiva ainda nos restituirá a alegria, a esperança?

Foram essas e outras tantas indagações que nos fizeram construir Crônicas Cariocas, exposição que escuta a cidade do Rio de Janeiro em seus balbucios, no encontro das calçadas, no canto dos pregoeiros, nas relações com a vizinhança, na esperança de abrir as janelas e ver que ainda vale o sorriso, que a lágrima será partilhada, que em qualquer sinal haverá alguém se lançando em malabarismos bem mais complexos do que o equilibrar das bolas e claves.

Aqui, escutamos o Rio das avós, daquelas que melhor sabem contar histórias e, em cada uma, um ensinamento sobre a vida, o nascimento e a morte. O Rio das encruzilhadas e seus deuses pagãos, das ciganas, dos malandros, das festas de louvor e sincretismo.

Queremos ouvir o Rio dos trens, em vagões onde sempre cabem poetas. De outro modo, acompanhar as crianças, os erês, em busca da alegria. Denunciar o desaparecimento das linhas de ônibus que nos levavam ao trabalho e ao lazer. Cortar a cidade partida e expor suas cicatrizes, aquela da injustiça e do abandono. Narrar o Rio que se ornamenta e faz cara de rica que finge não ver os subúrbios e periferias.

Vamos contar uma cidade que à noite se encanta, se ilude e dança nas gafieiras, te convidando a rodar nas searas do desejo para além de toda adversidade. Essa mesma, essa cidade que se solidariza e se orgulha em ver a vitória dos que atravessaram o fim do mundo.