No chão vermelho ou nas arquibancadas no térreo do pavilhão, o público que visitar o Museu de Arte do Rio nos dias 3 e 4 de junho, às 14h, se surpreenderá com as performances na mostra “Revenguê: uma exposição-cena”. As apresentações ocorrem um mês e meio depois do sucesso das primeiras encenações, quando mais de quatrocentas pessoas lotaram a sala para assistir a performance do artista visual, escritor e dramaturgo carioca Yhuri Cruz, ao lado de mais seis artistas.
A exposição, dividida em quatro núcleos, trabalha com o ambiente de um planeta fictício inventado pelo artista, a fim de inserir o público em uma história de aspectos afrofuturistas com temas sobre a vingança da vida e a política da presença. Ao todo, são sete encenações previstas até o dia 1º de outubro. “Sentar, fruir e meditar é o que a gente quer para o público. Revenguê vai nascer 50% pronta, a cada encenação, pelo menos de 3 a 4 obras serão feitas em cena, então é sobre ritualizar esse processo de criação, é sobre ver a obra criada ao vivo”, afirma Yhuri.
As primeiras apresentações de Yhuri Cruz em Revenguê foram um sucesso de público e critica, mais de 4 mil pessoas percorreram o MAR no final de semana da abertura dessa exposição-cena. “Trazer o repertório de Yhuri Cruz em Revenguê para dentro do MAR é garantir ao público novas possibilidades de observação e reflexão do fazer artístico. Admiramos muito o trabalho desse artista, que se destaca com arquivos da negritude e da sua pesquisa através da encenação e do teatro”, comenta Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil.