Para celebrar o “Dia da Favela”, o Museu de Arte do Rio (MAR) estará com entrada gratuita no próximo sábado, dia 04 novembro. Com a gratuidade o visitante poderá percorrer as cinco exposições em cartaz. São elas: “Funk: Um grito de ousadia e liberdade”, “Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros”, “Narrativas em Processo: Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural”, “Gira da poesia: 15 anos de Slam no Brasil”, Ònà irin: caminho de ferro”, além da instalação permanente “Morrinho”, no pilotis do prédio.
O MAR junto da Central Única das Favelas (CUFA) e de outras instituições, vai promover a Semana da Favela, entre os dias 4 e 10 de novembro, para continuar a missão de ressignificar o conceito e o significado de favela. O motivo para o dia 04 de novembro ser celebrado é que a data foi escolhida pela CUFA (Central Única das Favelas) porque foi neste dia que a expressão favela surge pela primeira vez em um documento público/oficial. Foi no Rio de Janeiro, em 1900, quando moradores do atual Morro da Providência, foram mencionados pelo então delegado de polícia, Eneas Galvão ao se dirigir ao governador como um espaço de sujeira, violência e prostituição. O Morro da Favela, ou da Providência, era formado por soldados que lutaram na Guerra dos Canudos (1896-1897), na Bahia, e ficaram marcados pela planta favela, muito comum no Sertão Nordestino.
A CUFA escolheu como homenageado desse ano, o sambista Zeca Pagodinho exatamente por ser uma referência e ao longo da sua trajetória ter contribuído para elevar a autoestima dessa população. No Rio de Janeiro, o Dia da Favela é lei no município desde 2006. E, no estado, desde 2019. Em São Paulo, a data entrou para o calendário oficial de eventos do município em 2015. Mais do que comemoração, a Semana da Favela será marcada por reflexão sobre os problemas existentes nestes territórios. Mas também haverá exaltação da representatividade, da resiliência e da potência presentes nestes territórios.