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Leda Maria Martins, Aza Njeri, Milton Cunha, Renato Noguera, Gabriel Haddad, Júlio Diniz, e o ícone do funk Mc Serginho, são alguns nomes confirmados na FLICO

A Feira Literária de Cultura Oral (FLICO) surge como uma iniciativa pioneira voltada para a valorização das manifestações culturais transmitidas pela oralidade. O evento tem como objetivo fomentar e preservar essas expressões populares que, muitas vezes, se perdem com o tempo por falta de registro e são marginalizadas fora dos grandes centros urbanos e acadêmicos.

Para o Idealizador e Diretor Artístico, Luis Fernando Bruno, “A FLICO exalta a importância das culturas e pedagogias de terreiros, o olhar e a estética da periferia, reconhece a importância das tradições populares como saberes fundamentais de transformação social e estímulo ao pensamento crítico”.O evento, que acontecerá em dois dias, contará com mesas de debate e apresentações culturais, reunindo grandes nomes da literatura e da arte, como Leda Maria Martins, Júlio Diniz, Aza Njeri, Juliana Correia, Renato Noguera, entre outros. A programação também inclui apresentações dos Imperadores da Dança, Mc Serginho e Samba Social Clube.

A primeira edição da FLICO presta uma homenagem especial aos mestres palhaços das Folias de Reis do Estado do Rio de Janeiro, com a exibição do documentário “Reisado: Uma Folia Entre o Céu e a Terra”, contemplado pelo edital Retomada Cultural da SECEC-RJ.

Além de celebrar a oralidade, o projeto contempla em seu escopo a Literatura, Música e outras formas de expressão cultural, reforçando o impacto dessas manifestações na formação de identidade e pertencimento.

Baseado no conceito de Oralitura da pesquisadora Leda Maria Martins, a FLICO propõe um mergulho nas performances culturais e no saber ancestral transmitido pelos corpos e vozes dos artistas e mestres populares. Essas manifestações, enraizadas nas filosofias e tradições africanas e nos saberes dos povos originários, nos conectam a uma rica herança cultural que transcende a linguagem escrita, fazendo com que reconheçamos outras formas de expressão como saber legítimo e de criação literária.

A FLICO traz o ineditismo de valorizar a tradição oral como uma potente forma de literatura, revelando saberes e experiências que perpetuam fora dos centros acadêmicos, mas que são essenciais na preservação da memória cultural. Prepare-se para dois dias de imersão nas mais diversas expressões culturais orais e celebre a riqueza da tradição popular com a FLICO!

SOBRE LUIS FERNANDO BRUNO

Luis Fernando Bruno, é Bacharel em Artes Cênicas e mestrando em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-RIO. Pesquisador de Cultura Popular. É autor, diretor, produtor e professor. Foi diretor artístico no Banco Rio de Alimentos do SESC Rio, onde esteve à frente do projeto “Trupe Solidaria”. Ministrou oficinas de teatro no Instituto Chico Mendes, no Acre. Atualmente é Professor de teatro do Colégio internacional Everest e é gestor cultural na Mitra Arquidiocesana do Rio de Janeiro.

No teatro atuou em dezenas de espetáculos por todo o Brasil e temporadas pela Europa. Na TV participou das 3 temporadas do programa Toma Lá Dá Cá como ensaiador. Participou também do seriado Brava Gente e do programa Xuxa no Mundo da Imaginação, ambos da TV Globo. No cinema atuou na série 5 vezes Machado do Canal Brasil sobre a obra de Machado de Assis. Participou do curta-metragem ‘Suíte Brasileira’, dirigido por Patrícia Pilar. É indicado ao prêmio de melhor vídeo clipe no Rio Webfest 2019, com “Casamento no Interior” e “Hey Jude, 50 anos” dois curtas musicais que roteirizou e dirigiu, levando o prêmio com “Hey Jude”. Roteirizou e dirigiu o curta “Um Espinho de Marfim” adaptação do conto de Marina Colasanti. Também roteirizou e dirigiu o documentário “Reisado: Uma Folia Entre o Céu e a Terra” ambos premiados com o Edital da Lei Aldir Blanc. Destaque para trabalhos realizados com grandes nomes como: Mauro Mendonça Filho, Cininha de Paula, Roberto Faria, Domingos Oliveira, Guida Vianna, Hélio Eichbauer, Luiz Carlos Buruca, Ciro Barcellos e Jom Tob Azulay.

SOBRE LEDA MARIA MARTINS
Nascida no Rio de Janeiro em 1955, Leda Maria Martins é uma destacada pensadora do teatro brasileiro, com ênfase no teatro negro. Formada em Letras pela UFMG, Leda obteve mestrado em Artes na Indiana University, onde sua dissertação abordou a obra de Qorpo-Santo. Influenciada pelo Teatro Experimental do Negro, ingressou no doutorado em Estudos Literários na UFMG, resultando no livro “A cena em sombras” (1995). Além de seu trabalho acadêmico, Leda atuou como educadora na UFOP e na UFMG, onde lecionou até 2018. Com fortes laços ao campo religioso dos Reinados Negros, sua pesquisa culminou no livro “Afrografias da memória” (1997, reedição em 2021).Leda possui diversas publicações que impactam os estudos teatrais, literários e culturais no Brasil e internacionalmente.

SOBRE AZA NJERI
Doutora em Literaturas Africanas/UFRJ, pós-doutora em Filosofia Africana/UFRJ,coordena o Núcleo de Estudos Geracionais sobreRaça, Arte, Religião e História do Laboratório de História das Experiências Religiosas/UFRJ e o Núcleo de Filosofia Política Africana do Laboratório Geru Maa/UFRJ. É professora da graduação e pós-graduação do Departamento de Letras da PUC-RJ e professora de Filosofia Africana na pós-graduação em História da África no Instituto Pretos de Pesquisa e Memória Pretos Novos/RJ. Sua produção acadêmica é focada em estudos de África e Afrodiáspora no que tange cultura, história, literatura, filosofia, teatro, artes e mulherismo africana.

Desenvolve trabalho de dramaturgia, roteiro e interface e crítica teatral e literária, com artigos críticos publicados em sua coluna no site Rio Encena e na coluna no Coletivo Indra, além de integrar o premiado Segunda Black e o Fórum de Performance Negra-RJ.

SOBRE JÚLIO DINIZ

Doutor em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, com Pós Doutorado em Literatura Comparada pela Universidad de Salamanca, Espanha. Foi diretor do Departamento de Letras da PUC-Rio, onde é professor associado na Área de Estudos de Literatura. Desde 2016 exerce a função de Decano do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH). Realiza consultorias e coordena projetos para instituições públicas e privadas, ONGs e empresas. Foi membro do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro (2004-2006), é curador do Museu Boulieu em Ouro Preto (MG), e do Museu da Cidade de Mariana (MG), assessor da Diretoria de Relações Internacionais da CAPES e bolsista de
produtividade nível 1B do CNPq. Publicou inúmeros artigos, ensaios e livros no Brasil e no exterior, tais como: Humanidades em questão – Abordagens e discussões, Ed. PUC-
Rio (2018); Quanto ao futuro, Clarice, Ed. Bazar do Tempo (2021); Clara, uma fotobiografia, Ed. Numa/Ed. PUC-Rio (2023).

SOBRE RENATO NOGUERA
Renato Noguera possui vivência familiar griot (griô), doutorado em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), atua como docente do Programa de Pós-Graduação em
Educação Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc), e, doPrograma de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFil), ambos da UFRRJ. Pesquisador do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Leafro), coordenador do Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias (Afrosin) tem se dedicado a investigar os afetos num diálogo entre antropologia, história, filosofia, neurociência e psicanálise.
Noguera é escritor e consultor. Dentre os livros publicados: “Porque amamos: o que os mitos e a filosofia têm a dizer sobre o amor” (Harper Collins/2020) e “O que é o luto: como os mitos e as filosofias entendem a morte e a dor da perda” (Harper
Collins/2022). Entre as consultorias: as novelas Pantanal (Rede Globo/2022) e Além da Ilusão (Rede Globo/2022). Noguera também é celebrante de uniões amorosas.

SOBRE GABRIEL HADDAD
Pesquisador e Carnavalesco Brasileiro. Desde 2020, assina, ao lado de Leonardo Bora,os carnavais do Acadêmicos do Grande Rio, escola de Duque de Caxias. Em 2022,sagrou-se campeão do carnaval carioca. Bacharel em Relações Internacionais pelo Centro Universitário La Salle – Niterói (2010), mestre em Artes pelo Programa de Pós- graduação em Artes (PPGArtes) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e doutorando em História da Arte pela UERJ. Trabalhou como assistente para diversos carnavalescos em escolas do Rio de Janeiro e São Paulo, como Mocidade Independente de Padre Miguel, Portela, Estação Primeira de Mangueira, Gaviões da Fiel, Unidos de Vila Maria, Vai-Vai, entre outras. Em 2022, ao lado de Leonardo Bora, conquistou o primeiro título da história da Grande Rio, assinando o enredo “Fala Majeté! Sete chaves
de Exu”, que retratou o orixá Exu. Com a dupla, a escola, além de conquistar título inédito, faturou quatro Estandarte de Ouro: Escola, Bateria, Enredo e Fernando Pamplona, prêmio de melhor inovação pelo último carro da escola.

SOBRE MILTON CUNHA
O artista, consagrado pela sua atuação na área da cultura e do entretenimento, tem sua trajetória marcada por grandes realizações no carnaval carioca, onde já atuou como carnavalesco em grandes escolas e hoje atua como comentarista de TV, diretor artístico, apresentador, além de ser pesquisador intelectual da festa carnavalesca. Além disso, tem diversas outras atuações como diretor, cenógrafo, idealizador e apresentador de grandes espetáculos, teatros, eventos, shows e produções artísticas. Tem participações no programa “Encontro” com Fátima Bernardes, em podcasts de humor do Spotify e em podcasts do Gshow. É apresentador do quadro “Enredo e Samba” RJ1, na TV Globo.