A iniciativa teve como finalidade a contribuição para o desenvolvimento e a abertura de um espaço para as trocas de experiências e o diálogo entre os gestores dos equipamentos municipais do Rio de Janeiro.
A Escola do Olhar ofereceu, pela primeira vez, o Curso de Formação de Gestores Culturais, em parceria com o Laboratório de Espaços Culturais, propondo um mergulho no campo da cultura, pensando suas instituições, programas, projetos, articulações e identidade com os territórios – como espaço de invenção da cidade e do nosso presente-futuro.
A edição do curso teve no primeiro módulo a metodologia do Laboratório de Espaços Culturais coordenado pela Marta Porto, com a participação de André Martinez, Renata Bittencourt e da equipe da Escola do Olhar. E, para finalizar, no segundo módulo, a Renata Salles, especialista na área de captação de patrocínios e parcerias.
De acordo com Patrícia Dias, Gerente de Educação: “A Escola do Olhar tem como princípio o diálogo com o outro. Assim, a própria metodologia do curso de formação de gestores foi pautada pela colaboração através de um processo de escuta dos diferentes territórios onde os gestores e os aparelhos culturais estão inseridos. De que adianta oferecer algo que está desconectado da identidade do seu público, da história do território e as relações políticas mais amplas? Assim não falamos com ninguém, fazemos cultura para dentro, conversamos com programas institucionais e não com as próprias pessoas.
Então esse é um paradigma que diz sobre colocar o nosso público como primeiro interlocutor no trabalho de pensar programações culturais e sobre tirar a arte de um lugar intocável e superior. Já fazemos isso na Escola do Olhar, mas essa é a primeira vez que o fazemos em parceria com gestores de diversos territórios e equipamentos culturais”.
Entre os objetivos propostos pelo laboratório estiveram: apresentar um mosaico de experiências e ideias inovadoras que foram articuladas nos mais diversos campos do conhecimento. O intuito foi inspirar os gestores culturais, em seus espaços, a repensarem suas ações de curadorias, programas educacionais e de estabelecimento de mutualidade com os territórios em que estão entremeados, no desenvolvimento de públicos, espectadores e audiências. A Escola do Olhar também quis que fosse compreendido como os espaços e projetos vêm contribuindo para o desenvolvimento das artes, da criação e, especialmente, abrir um espaço possível para a troca de experiências, constituindo redes entre os gestores dos equipamentos municipais do Rio de Janeiro.
Segundo Marta Porto, coordenadora do módulo 1: “esta edição especial do Laboratório de Espaços Culturais, realizada em conjunto com a Escola do Olhar, foi muito especial. Reuniu um grupo diverso, predominantemente jovem, ativo em suas comunidades e territórios, que se dispuseram a trocar ideias, pontos de vistas e experiências durante cinco dias.
Refletiram sobre as motivações que os fazem atuar na e pela vida cultural, e construíram processos colaborativos para aperfeiçoarem suas práticas. Com certeza, é uma nova geração de Gestores Culturais do Rio de Janeiro, inquieta e atenta as suas ações e propósitos. Habilitada para promover as mudanças que nosso tempo exige e o espaço das cidades necessita”.
Os participantes tiveram contato com os conteúdos, experiências, práticas de gerenciamento, liderança de espaços culturais, e integra práticas de reflexão e construções colaborativas para projetos. Para participar dessa imersão era necessário se inscrever. O público alvo eram Gestores de equipamentos culturais do município do Rio de Janeiro que receberam uma ajuda de custo no valor de R$ 600,00. O módulo 1 do curso aconteceu de 12 à 16 de setembro, com a mediação de Marta Porto, e para finalizar, a realização do módulo 2 foi realizado no dia 17 com Renata Salles.