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Os artistas são pessoas com deficiências e que participaram de oficinas de artes plásticas e se inspiraram em obras de artistas renomados

A mostra “Olhares e Releituras” traz 17 artistas brasileiros reconhecidos dentro e fora do país, ‘interpretados’ por participantes das oficinas de arte do Instituto Olga Kos (IOK). A palavra ‘releitura’ significa “ação de interpretar novamente alguma coisa, adicionando algo novo e original”. A proposta da exposição é despertar novos olhares e convidar o público a refletir sobre diversas maneiras de visibilidade e invisibilidade. O Museu de Arte do Rio inaugura a mostra no dia 19 de março.

Os artistas com obras expostas na mostra são pessoas com deficiência em idades variadas e utilizaram como inspiração e ponto de partida para a criação dos seus próprios trabalhos, obras de artistas como Claudio Tozzi; Newton Mesquita; Caciporé Torres; Yutaka Toyota; Luise Weiss; Verena Matzen, entre outros.

Tendo como eixos narrativos o trabalho feito pela médica Nise da Silveira, criadora do Museu do Inconsciente em 1952, e o centenário da Semana de Arte Moderna, comemorado este ano, a intenção dos organizadores é mostrar a percepção e sensibilidade dos beneficiários acerca dos trabalhos dos artistas e consequentemente a abertura para novos olhares.
“Estamos no Museu de Arte do Rio com uma vontade imensa de levar ao público o exercício da inclusão social, dentro da perspectiva de arte e cultura, trabalho que já desenvolvemos há mais de uma década na cidade de São Paulo. A exposição traz um recorte muito importante que é o protagonismo das pessoas com deficiência dentro das artes visuais, trazendo suas obras como carro-chefe juntamente com obras de artistas brasileiros já renomados. É empolgante e provoca reflexão! Além de ser um espaço interativo, onde o público também poderá exercitar sua criatividade.” ressalta Gabriela Moreira Miranda, produtora da exposição.

O resultado mistura arte, sensibilidade, observação cuidadosa e trabalho prático, que poderá ser visto no Museu de Arte do Rio até o dia 01 de maio. A exposição terá três atrações: pinturas e esculturas, releituras e uma proposta interativa onde o visitante será convidado a descobrir qual obra é a interpretada. Outra atração é uma parede de imãs que convida o espectador a criar a sua própria releitura.

Artistas inspiradores

As obras disparadoras das releituras foram divididas em famílias poéticas: Claudio Tozzi e Newton Mesquita representam ‘Cidade’; Caciporé Torres e Yutaka Toyota, a ‘Materialidade’; Luise Weiss e Verena Matzen representam “Narrativa e Memória”; Rubens Matuck e Isabelle Tuchband, o “Bucólico”; Eduardo Iglesias; Marysia Portinari; Takashi Fukushima e Ivald Granato, a “Cor” e, por fim, Gustavo Rosa; Inos Corradin; Marcello Grassmann; Ermelindo Nardin e Carlos Araújo o “Onírico”.