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Recorte da mostra paulista apresenta história de líder abolicionista norte-americano Frederick Douglass e vai contar com obras de 13 artistas de 8 países

Recorte da mostra paulista apresenta história de líder abolicionista norte-americano Frederick Douglass e vai contar com obras de 13 artistas de 8 países

O Museu de Arte do Rio inaugura no dia 22 de outubro a mostra itinerante da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto. As mostras itinerantes da 34ª Bienal foram concebidas a partir de enunciados, que são objetos ou elementos imateriais com histórias marcantes ao redor dos quais obras e artistas são reunidos, estimulando leituras a partir de narrativas e não de formulações conceituais fechadas. A exposição no MAR é organizada a partir do enunciado “Os retratos de Frederick Douglass”, e apresenta ao público a história de Douglass, homem negro que fugiu da escravidão e se tornou símbolo da luta abolicionista nos Estados Unidos.

Ao todo, a mostra contará com cerca de 30 obras de 13 artistas de 8 países. São eles Anna-Bella Papp (Romênia), Arjan Martins (Brasil), Daiara Tukano (Brasil), Daniel de Paula (EUA), Deana Lawson (EUA), Frida Orupabo (Noruega), Gala Porras-Kim (Colômbia), Jaider Esbell (Brasil), Joan Jonas (EUA), Noa Eshkol (Israel), Paulo Kapela (Angola), Seba Calfuqueo (Chile) e Tony Cokes (EUA).

Sob o olhar penetrante e desafiador de Douglass, obras produzidas em momentos e contextos distintos tecem um discurso complexo que reafirma a importância de voltar a olhar, hoje, para os processos de deslocamento, violência e resistência que marcaram e continuam marcando a vida de milhões de pessoas. Nessas obras, cruzam-se fluxos de imagens, culturas e corpos que são testemunhos de que é possível metabolizar traumas do presente e do passado como combustível para exigir a construção de alicerces para um futuro mais justo.

Para o Diretor e Chefe da Representação da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil, Raphael Callou, a exposição é uma oportunidade do MAR consolidar sua conexão com o território da Pequena África.

“Na mostra, vamos poder falar sobre Frederick Douglass, homem negro norte-americano que foi símbolo da luta contra escravidão em seu país. Sua história de vida se relaciona com a da Pequena África, território que o MAR habita, ouve e dialoga. Seguimos com o nosso compromisso de narrar a história dos povos desse entorno, cujas trajetórias de superação se assemelham à de Frederick Douglass”.

O Programa de Mostras Itinerantes da 34ª Bienal de São Paulo já passou neste ano por São Luís (MA), Campinas (SP), São José do Rio Preto (SP), Campos do Jordão (SP), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Belém (PA) e Santiago (Chile). O Presidente da Fundação Bienal, José Olympio da Veiga Pereira, exalta a importância de realizar parcerias com instituições culturais de outras cidades.

“O programa aposta na arte e no seu impacto positivo no campo da educação e da cidadania. Parcerias com as instituições em cada local permitem a difusão do trabalho para além do circuito artístico da cidade de São Paulo, chegando a outros olhares e novas sensibilidades. Além das exposições, a iniciativa inclui ações educativas e de difusão, estando alinhada à missão da Fundação de integrar cultura e educação à vida cotidiana”.

A curadoria da mostra é de Jacopo Crivelli Visconti, curador geral da 34ª Bienal de São Paulo.

Quem foi Frederick Douglass?
Nascido em 1817 em Maryland nos Estados Unidos, Fredrerick Douglass foi um escritor, orador, político e símbolo da luta pela abolição da escravidão em seu país. Escravizado durante a infância e adolescência, Douglass, apesar das dificuldades, aprendeu a ler e escrever. Em 1838, conseguiu fugir para Nova York, onde a prática da escravidão havia sido abolida. Douglass também foi a pessoa mais fotografada do século XIX nos EUA.

Sobre o Programa de mostras itinerantes da Bienal de São Paulo
O Programa de mostras itinerantes da Bienal de São Paulo é uma iniciativa que chega em 2022 à sua sexta edição. A itinerância da 33ª Bienal, em 2019, percorreu oito cidades, sendo uma no exterior, e recebeu um público de mais de 170 mil visitantes.