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“O Retrato do Brasil é Preto” conta com mais de 50 pinturas. Abertura no dia 18 terá entrada gratuita

“O Retrato do Brasil é Preto” conta com mais de 50 pinturas. Abertura no dia 18 terá entrada gratuita

O Museu de Arte do Rio (MAR) inaugura no próximo sábado (18) a exposição “O Retrato do Brasil é Preto”, de O Bastardo, com a curadoria de Marcelo Campos e Lilia Schwarcz. Na comemoração de dez anos do Museu, o público vai encontrar uma série de pinturas que se apresentam a partir das experiências do artista. Os retratos realizados com a técnica do grafite e inspirados pelos desenhos de rua possuem destacada assinatura cromática. Em suas telas, personagens negras, célebres ou anônimas são protagonistas no repertório visual. O Bastardo, jovem de 25 anos do subúrbio do Rio, se apresenta com o compromisso de fazer da arte um lugar de representatividade. A entrada para a abertura é gratuita e haverá visita mediada com fala do artista às 11 horas. 

  A exposição se divide nos núcleos “Pretos de Grife”, “Assinaturas Pretas”, “Narrativas Pretas” e “Sobre os começos”, onde o artista traz trabalhos de seus primeiros momentos de criação. Para a curadoria do MAR, promover a primeira mostra individual institucional de O Bastardo é afirmar que o Museu cumpre a sua vocação de identificar o potencial de novos artistas e de suas trajetórias. É muito importante perceber que no MAR a gente tem interesse por histórias, a gente não tem só interesse pela arte. Então, o que nos interessa são as histórias contadas, e através da arte a gente traz isso. Quando você pensa qual o assunto vai existir numa exposição, esse assunto tem vínculos sociais muito fortes”, revela Marcelo Campos, Curador-Chefe do MAR. 

As obras expostas em O Retrato do Brasil é Preto” apresentam e festejam novos heróis, protagonistas e formas de representação. “Todo retrato é um autorretrato, mas é igualmente uma somatória da comunidade, mostrando como essas são obras, ao mesmo tempo individuais e coletivas”, afirma O Bastardo, que nasceu e cresceu em Mesquita, município da Baixada Fluminense. O artista faz tanto um mergulho nas suas vivências no Rio de Janeiro quanto na observação de trajetórias vitoriosas de vidas negras que admira. 

Ainda no sábado (18) haverá, a partir das 14 horas, “O Sarau do Azevedo”, projeto sociocultural que conecta a nova geração a figuras de destaque no mercado musical com o objetivo de desenvolver a cena da música preta contemporânea em terras cariocas. A edição aberta ao público acontecerá no térreo do Museu de Arte do Rio até as 18 horas.

“Há uma política curatorial do MAR da maior importância de não fazer distinção entre artistas consagrados e artistas jovens, O Bastardo é um desses artistas que já teve várias obras em exposições do Museu e que volta em uma exposição individual, depois de ter sido o artista escolhido para estampar a divulgação de Crônicas Cariocas, que foi a última exposição anual do MAR, isso tudo com pouca idade, mas com muito talento. Eu acho que essa individual é consequência desse grande talento que é mérito dele. Formar novas gerações de artistas é uma das nossas missões, e ver O Bastardo agora abrindo uma exposição aqui no MAR, sem dúvida, ilustra aquilo que a gente fomenta e que nesse momento também celebra”, afirma Raphael Callou, Diretor do MAR e Chefe da Representação da OEI no Brasil.