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“Dança Barbot!” reúne fotos, filmes, cenários e figurinos do bailarino e coreógrafo que foi referência na dança brasileira

Possibilitar que o público possa pensar o corpo e pensar a dança é um dos desejos do Museu de Arte do Rio (MAR) ao anunciar a sua mais nova exposição. A mostra Dança Barbot! inaugura na terça-feira, dia 15 de abril, apresentando a trajetória e as contribuições do bailarino e coreógrafo Rubens Barbot para a dança contemporânea no Brasil. A exposição realizada em parceria com o Terreiro Contemporâneo é uma homenagem ao legado do renomado bailarino e coreógrafo. A curadoria é assinada por Marcelo Campos e Amanda Bonan, com os curadores assistentes Amanda Rezende, Thayná Trindade e Jean Carlos Azuos, além dos convidados Ricardo Brandão e Gatto Larsen, que foi parceiro de vida de Barbot.

Nascido nem 1950 no Rio Grande do Sul, Rubens Barbot iniciou seus estudos em dança com João Luiz Rolla, em Porto Alegre, em 1967. Posteriormente, aprimorou sua formação na Escola de Ballet Contemporâneo de Buenos Aires. Em 1990, no Rio de Janeiro, fundou a primeira companhia negra de dança contemporânea do país, a Cia. Rubens Barbot Teatro de Dança, consolidando-se como uma figura central na valorização da cultura afro-brasileira por meio da arte. 

A exposição terá instalações, fotografias e vídeos, onde o público poderá conhecer o trabalho pioneiro do bailarino. Destacam-se registros de espetáculos emblemáticos e depoimentos de artistas que colaboraram com o coreógrafo. Para a curadoria da exposição é importante ressaltar também que, ao longo da sua trajetória, Barbot foi acompanhado por grandes fotógrafos, como Renan Cepeda, Léo Aversa e Wilton Montenegro. A mostra conta com a colaboração desses fotógrafos, que cederam as imagens que estarão no Museu de Arte do Rio.Dança Barbot! é uma exposição com uma experiência inédita para o MAR, que foi pensada a partir da trajetória de um bailarino.  Rubens Barbot construiu uma trajetória fundamental em torno do corpo de um homem negro na dança. Então, acho que ele tem, por um lado, uma trajetória pessoal que a gente vai ver na exposição com imagens, fotografias, vídeos e filmes, onde esse corpo de dança, esse corpo do bailarino vai se evidenciar nos movimentos e na performance. Então, é uma exposição em homenagem, e também é uma exposição memorialista, ou seja, os elementos cênicos, os chapéus, as roupas, os figurinos estarão presentes. A exposição também será uma grande instalação, ela toda é um gesto teatral, um ato teatral, onde a gente convoca esses elementos. E, além disso, apresentamos a própria história da dança, que já foi chamada de afro-brasileira, ou balé afro”, afirma o Curador-Chefe do MAR, Marcelo Campos. 

 Com trabalhos centrados na cultura afro-brasileira, Barbot chega ao MAR em uma exposição única e que apresenta a contribuição deste bailarino que dedicou quase quarenta anos de sua vida à pesquisa de movimentos dos corpos afro-brasileiros. “Acredito que a exposição está alinhada à linha curatorial do museu, ao plano museológico, que estabelece o MAR como um espaço de reflexão, sobre a reflexão crítica, sobre a história, não só a história da arte, mas sobre a história da arte contemporânea, inclusive, das diversas linguagens artísticas. O Museu de Arte do Rio está trabalhando de maneira transversal, envolvendo diversas e diferentes linguagens”, destaca o Diretor-Executivo, Marcelo Velloso Dentro da programação de abertura da exposição, no dia 15 de abril, haverá uma conversa de galeria com os curadores da mostra. Neste dia a entrada é gratuita.