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Siba se apresenta pela primeira vez no MAR de Música nesta sexta-feira, dia 13

Siba se apresenta pela primeira vez no MAR de Música nesta sexta-feira, dia 13

Pernambucano traz ao Museu de Arte do Rio o inédito “Coruja Muda”

Nesta sexta-feira (13), em comemoração pelo seu 7º aniversário, o Museu de Arte do Rio traz show inédito do pernambucano Siba, na 2ª edição do MAR de Música em 2020. O artista irá apresentar nos pilotis do museu, pela primeira vez no Rio de Janeiro, a turnê de seu novo álbum, “Coruja Muda”. O terceiro disco solo do músico, regado de referências da cultura popular da Mata Norte pernambucana e de ressonâncias políticas, reúne faixas inéditas que misturam maracatu de baque solto e variações rítmicas da poética do coco, embalados pela guitarra pesada característica de seus trabalhos anteriores. Também estão presentes no álbum regravações de grandes sucessos da carreira de Siba. 

“Após Avante” (2012) e “De Baile Solto” (2015), os dois primeiros discos solo do pernambucano, “Coruja Muda” (2019) segue como uma maneira de resgatar ritmos que já são base na carreira de Siba para misturar com as novas experiências musicais do cantor, um resultado que agradou muito aos fãs. Em entrevista ao MAR, Siba fala sobre as suas inspirações para o álbum e o que esperar com a turnê que ele traz para o MAR de Música. 

A turnê de seu 3º disco chega pela primeira vez no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (13). Qual a sua expectativa com o público carioca no MAR de Música, o que podemos esperar do repertório de “Coruja Muda”? 

SIBA – É um show baseado no disco “Coruja Muda” mas ele passa por alguns momentos anteriores, como “Avante”, “De Baile Solto”, além de um repertório que foi da Fuloresta. Sempre se trata de um show que precisa traçar um certo caminho que é musical e poético de criar uma relação com o público que está presente.

A música-título do álbum tem a participação de Chico César. Como foi essa parceria para a faixa que empresta o nome ao álbum?

SIBA – Eu fui, ao longo da produção, sentindo a vontade de ter algumas pessoas para complementar e estar junto com o álbum. Na faixa “Coruja Muda”, desde o começo eu sabia que poderia ficar muito boa na voz de Chico naquela melodia que é feita no final e de fato foi o que aconteceu. Mas são parcerias do momento, ao longo do fluxo da produção. 

“Toda Vez Que Eu Dou Um Passo / O mundo sai do lugar” foi uma das faixas que ganhou uma atualização no seu terceiro disco, junto a “Meu Time”. Como foi esse processo de revisitar um trabalho antigo para dar uma cara nova e por que isso se deu?

SIBA – O disco “Coruja Muda” musicalmente é o resultado de quatro anos de experiências musicais, desde o “De Baile Solto”. A partir dele eu comecei a fazer experiências e, de algum modo, tentar formular a síntese musical e a relação dos instrumentos. E essas duas músicas especificamente passaram por várias versões, tanto no formato de trio, como no formato da banda principal, então elas estavam muito ligadas com a gênese do disco. Além disso, também tem o fato do “Coruja Muda” ser um disco muito perpassado pela rítmica e pela linguagem poética do coco, então essas duas músicas acabaram se impondo para fazerem a ligação do projeto atual com o meu passado.

Além de metáforas o álbum também traz alguns traços pessoais da sua história, como por exemplo “Daqui Pracolá”. Qual foi a inspiração para esta faixa?

SIBA – “Daqui Pracolá” é baseada na fauna e flora da minha infância no Agreste Pernambucano. São animais e plantas que eu cresci tendo perto de mim e interagindo de várias maneiras. Mas é uma canção que fala sobre o fluxo de vida e morte como elemento central na manutenção da vida também.

Algumas faixas do disco fazem referência à questões e posicionamentos políticos, como por exemplo “Carcará de Gaiola” e “Só É Gente Quem Se Diz”. Durante a construção do álbum, a política foi uma questão que você buscou abordar ou foi um processo natural devido ao contexto em que o disco foi produzido? 

SIBA – A política sempre foi central nesse trabalho, ela se mostrou com questões muito diferentes das que eu estava tentando responder na época do “De Baile Solto” (2015), que era um disco com um propósito mais abertamente político. E em “Coruja Muda” (2019), daquele tempo pra cá, a situação política do Brasil ficou tão bizarra de elaborar que eu fui percebendo que quanto mais metafórico, mais eu tinha campo para discutir o presente da política sem me colocar em armadilhas que fatalmente me deixariam velho ou datado rapidamente. Então é um disco que eu falo de política o tempo inteiro mas de um modo mais figurado. 

MAR de Música 

O MAR de Música é um projeto criado em 2014 com o objetivo de aproximar a linguagem musical do espaço museal, buscando possibilidades de fruição a partir das artes visuais e da música. Nesta sexta-feira (13), o museu recebe o cantor pernambucano Siba, que apresenta pela primeira vez no Rio o show de seu novo álbum, “Coruja Muda”. Para abrir a noite, a DJ Tata Ogan anima o público nos pilotis com um set focado na mistura de linguagens ancestrais, contemporâneas e futuristas. O evento, parte das comemorações pelos 7 anos do museu, contará com barraquinhas de comidas e bebidas típicas da região portuária, uma parceria com os Vizinhos do MAR. 

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Sexta-feira, 13 de março
Entrada gratuita
*Espaço sujeito a lotação
18h às 22h
Classificação livre