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São mais de 21 mil itens distribuídos em: 10.000 obras museológicas, 8.000 itens documentais e 3.000 livros da Coleção Especial (livros raros e livros de artista).

Reserva Técnica

Desde 2013, a Coleção MAR está sendo formada a partir da contribuição e doação de artistas, galerias, colecionadores, instituições públicas e privadas e demais atores da sociedade civil interessados na composição de uma coleção de arte pública. É a primeira coleção de arte concebida para o município do Rio de Janeiro.

Nessa perspectiva, a Coleção MAR (como chamamos o acervo do museu), não se restringe, unicamente, a colecionar artistas ou obras cariocas. Interessa ao Museu os trânsitos e as transversalidades entre o Rio de Janeiro e o mundo, ou seja, colecionar objetos e documentos daqueles que passaram pela cidade e deixaram sua história como parte integrante deste lugar, ou com vestígios e memórias que representam a cidade. Também interessa colecionar o outro, o diferente do Rio, que, na diferença explicitada, mostra ao cidadão carioca a sua identidade.

Mas, para dar início ao processo de seleção de uma obra para o museu, foi criado o conceito dos Núcleos Significativos, que não é limitado por fronteiras geográficas, espaço cronológico ou temporal. O MAR não pretende ser um museu de tudo, mas para todos e, por isso, o ato de colecionar tem por objetivo pensar a sociedade em seus diversos aspectos estéticos, culturais e sociais, abarcando sua complexidade e pluralidade.

O acervo de um museu não se resume somente aos objetos que estão em exposição. Em vez disso, a maior parte do acervo fica armazenado em um local chamado de Reserva Técnica. Para guardar esta crescente coleção, foi inaugurada, em 2017, uma Nova Reserva Técnica. A necessidade de ampliação do espaço foi fruto da bem-sucedida formação da Coleção MAR que, em 10 anos, reuniu mais de 21 mil itens distribuídos em: 10.000 obras museológicas, 8.000 itens documentais e 3.000 livros da Coleção Especial (livros raros e livros de artista). A obra foi realizada com o patrocínio do BNDES e foi planejada para ser um espaço visitável através um aquário de vidro, de onde é possível observar as obras que estão distribuídas no mobiliário desenhado sob medida, além do trabalho técnico da museologia, nas ações de inventário, conservação preventiva e acondicionamento das peças, realizado no local.

As reservas técnicas dos museus são áreas de acesso restrito por questões de segurança, mas, ao partilhar o acervo que pode ser apreciado em toda a sua complexidade, fica o convite ao visitante para que se aproprie da herança cultural musealizada na instituição e para que compreenda a importância do papel de preservação e divulgação desse patrimônio, realizado pelo Museu de Arte do Rio

Andréa Zabrieszach dos Santos

Gerente de Museologia

Visitas guiadas são agendadas para o público comum e também para estudantes.

Consulte o acervo:

>> Bibliográfico

>> Museológico e Documental

  • Referência na obra de nomes importantes da arte

    Ter suas obras como parte do acervo é uma garantia de preservação e extroversão. Pensando nisso, o MAR estabeleceu relações importantes que fazem parte dos projetos responsáveis pelo importante papel das doações. Assim, o MAR também torna-se referência de determinados artistas, como Alexandre Sequeira, Maurício Dias e Walter Riedwig.

    Não só os artistas confiam no museu para preservação de seus trabalhos. As famílias de nomes importantes no panorama cultural brasileiro também enxergam nessa relação uma forma de preservar a memória de seus familiares por meio da conservação de suas obras no local. O MAR atualmente também é referência para obras de Kurt Klagsbrunn, que teve uma exposição com diversas peças em 2015 no museu. Qualquer outra obra do fotógrafo humanista que venha a ser usada em uma exposição no MAR será automaticamente doada para seu acervo.

    Essa relação com a sociedade na construção do acervo também trouxe peças, como os arquivos de um fotógrafo do cotidiano do Morro da Providência, já falecido, encontrados por uma participante do programa Vizinhos do MAR. Como guardiã dessa memória encontrada, ela logo confiou ao museu o material tendo a certeza de sua preservação e pesquisa. Em 2015, parte foi exposta na mostra de Alexandre Sequeira, em uma instalação que faz um diálogo entre o trabalho do fotógrafo do Morro da Providência e o artista que dá nome à mostra.

    As doações

    Tudo isso significa um esforço de gestão do Instituto Odeon e da direção cultural do museu –  que contou com Paulo Herkenhoff até setembro de 2016 e hoje tem Evandro Salles como diretor cultural – para atingir o objetivo de constituir um acervo da e para a sociedade, estimulando o colecionismo por doação de indivíduos, empresas e outras entidades, tais como fundações. Assim, os rumos da coleção são determinados também pela própria sociedade civil em seus canais de apoio ao MAR. Uma maneira de inclusão da sociedade civil na vida institucional. Há doações por indivíduos, empresas, galerias e fundações. É um processo de doações espontâneas que indicam confiança e vontade de participação. Os doadores do MAR não são apenas do Rio, mas também de São Paulo, Minas Gerais, Pará, Bahia, Ceará, Paraná, Distrito Federal e Goiás. Os doadores estrangeiros são dos Estados Unidos, Argentina, França, Costa Rica, Turquia, Portugal, Suíça, entre outros países.

    A Coleção MAR conta com obras de grandes nomes da Arte, como Tarsila do Amaral, Aleijadinho, Guignard e também de artistas contemporâneos.