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Da abstração ao neoconcretismo: uma homenagem a Décio Vieira

08/04/2017 – 09/07/2017


Esta exposição é um dos frutos da profícua parceria firmada em 2016 entre o Sistema Fecomércio RJ, por meio do Sesc, e o Museu de Arte do Rio – MAR. Focada no projeto Partiu MAR!, programa de formação continuada de professores e visitas educativas ao museu, a parceria estende-se também ao programa curatorial, permitindo que sejam realizadas exposições de forma conjunta, de modo a ampliar o alcance deste programa para além da capital carioca.

Esta é a primeira vez que o MAR apresenta uma mostra fora de sua sede, na Praça Mauá, além de ser uma das mais ricas parcerias curatoriais que desenvolvemos até então. Foi por conta da vontade de pensar coletivamente que surgiu este projeto, nascido de um olhar prospectivo sobre a complexidade da história do Palácio Quitandinha, onde hoje funciona a unidade de Petrópolis do Sesc. Esta é, portanto, uma preciosa oportunidade de expansão das perspectivas e das ações do Museu de Arte do Rio, pelo que agradecemos a parceria da Fecomércio RJ.

Museu de Arte do Rio – MAR

A mostra parte de um marco fundamental para a história da arte brasileira, a 1a Exposição nacional de arte abstrata, realizada aqui, no Palácio Quitandinha, em 1953. Sob a organização geral de Edmundo Jorge e Décio Vieira – e por meio de articulações que envolveram também a Associação Petropolitana de Belas Artes e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro –, a exposição foi um dos momentos inaugurais de afirmação social de uma arte não figurativa no Brasil.

Pouco programática em termos de escolhas estéticas e políticas dentro do campo da abstração, e diferentemente de iniciativas posteriores, a 1a Exposição nacional de arte abstrata não buscava afirmar um paradigma construtivo único, mas abrir espaço para as liberdades de investigação então em efervescência. Da abstração ao neoconcretismo: uma homenagem a Décio Vieira apresenta, por um lado, uma contextualização histórica do campo da arte do Rio de Janeiro entre as décadas de 1940 e 1950 e, por outro, a trajetória pessoal de Décio, articulando o indivíduo à coletividade como forma de dar a ver a instauração de um ambiente moderno no país. Além de organizador da mostra, ele foi também o artista premiado pelo júri formado por Mário Pedrosa, Niomar Muniz Sodré e Flávio de Aquino.

Não apenas sua importância para a exposição e o ambiente de consolidação de uma arte não figurativa no país, mas também a contribuição e permanente revulsão de Décio Vieira para a arte são evidenciadas nesta mostra. Integrante do Grupo Frente – responsável pela afirmação de uma agenda de arte concreta no Brasil –, logo depois ele passou a desenvolver sua obra em chave neoconcreta, evidenciando uma produtiva inquietação. Sua trajetória da “abstração ao neoconcreto” fala da singularidade da obra de Décio e nos adverte do inquestionável lugar de importância do estado do Rio de Janeiro diante da cultura brasileira.

Equipes de artes visuais do Sesc-RJ e do Museu de Arte do Rio – MAR

A exposição foi um dos momentos inaugurais de afirmação social de uma arte não figurativa no Brasil